- Pai Nosso que estais nos Céus, santificado seja o vosso Nome, vinde a nós o vosso Reino,
- seja feita a vossa vontade assim na terra como no Céu.
- O pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos
- a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do Mal.
Há nos dias atuais uma versão da oração rezada incorretamente em português, onde os "Ceus" estão no singular, o verbo ir está conjugado na 3ª pessoa do singular ao invés da 2ª do plural como em toda a oração e na omissão do pronome oblíquo átono da 1ª pessoa do plural "nos":
O Pai-Nosso é também "a oração da Igreja por excelência [...] visto que as suas sete petições, fundadas no mistério da salvação já realizada, [...] serão plenamente atendidas na vinda do Senhor. O Pai Nosso é também parte integrante da Liturgia das Horas". Estas "sete petições a Deus Pai" são divididas em duas partes:
- "as primeiras três, mais teologais, aproximam-nos d?Ele, para a sua glória: pois é próprio do amor naquele que amamos. Elas sugerem o que em especial devemos pedir-Lhe: a santificação do seu Nome, a vinda do seu Reino, a realização da sua Vontade".
- "as últimas quatro apresentam ao Pai de misericórdia as nossas misérias e as nossas expectativas. Pedimos que nos alimente, nos perdoe, nos defenda nas tentações e nos livre do Maligno".
Para além destas petições, o Pai-Nosso também revela à humanidade a sua relação especial e filial com Deus Pai. A partir de então, "podemos invocar a Deus como «Pai» [...] porque Ele nos foi revelado por seu Filho feito homem e porque o seu Espírito no-Lo faz conhecer. [...] Ao rezar a oração do Senhor estamos conscientes" e absolutamente confiantes de sermos filhos de Deus e de sermos "amados e atendidos" por Deus Pai. "Sempre que rezamos ao Pai, adoramo-Lo e glorificamo-Lo com o Filho e o Espírito", porque estas três Pessoas divinas formam a Santíssima Trindade. Nesta oração única e profunda em significado, os fiéis invocam também Deus como "«Pai Nosso» [...] porque a Igreja de Cristo é a comunhão duma multidão de irmãos que têm «um só coração, uma só alma» (Act 4,32)" e um só Deus. Jesus, nesta oração, afirma que Deus está nos céus porque Ele, o infinitamente santo, não está apenas num lugar físico próprio, mas sim "no coração dos justos", daqueles que fazem a Sua vontade. Esta afirmação também faz lembrar aos crentes que "o céu, ou a Casa do Pai, constitui a verdadeira pátria para a qual tendemos na esperança, enquanto estamos ainda na terra. Nós vivemos já nela «escondidos com Cristo em Deus» (Col 3, 3)".